Você já se perguntou de quem é a culpa de seus problemas? Seguramente já, mas já refletiu muito calmamente sobre isso?
Anote abaixo a alternativa correta:
- meus pais, afinal me pareço um pouco com eles (um pouco?)
- meu marido, é ele quem paga minhas contas!
- minha esposa, é ela quem gasta meu dinheiro!
- meu chefe, é ele quem me paga!
- o destino, porque as conjunções celestes me dizem que tenho que ser assim
- a preferida: Deus, porque foi ele que me criou imperfeito!
Todo mundo tem uma desculpa na ponta da língua pra justificar o obvio: não fui eu!
Agora faça uma rápida retrospectiva, olhe para sua própria vida e vai encontrar uma única pessoa que nunca te abandonou, que sempre esteve contigo e, seguramente, vai segurar em sua mão até o fim de seus dias. Encontrou? Não, não é sua mãe: é você!
É claro! Você, quem mais seria! Já pensou o que seria do seu mundo sem você mesmo? Onde você estaria agora, se esta parte tão importante do seu mundo não estivesse presente?!
Pois é, quando neste ponto da nossa reflexão, fica mais fácil entender quem é o responsável pelos fatos bons e ruins da vida, não? Ah, mas aí é que as coisas ficam interessantes: se não posso transferir a culpa pelos meus fracassos, medos, doenças e amarguras, o que eu faço com elas?
Culpa não é a solução. Você sabe o que é isso? Vou te dar um exemplo simples: é aquele peso desnecessário que você carrega a vida toda por acreditar que isso, em algum momento, pode ser útil pra alguém; algo parecido com andar com uma mala nas costas contendo a maior enciclopédia do mundo porque, algum dia, isso pode servir pra alguma coisa. Meio bobo, não? Pois é, a culpa é assim também! Se a culpa resolvesse alguma coisa, viveríamos num paraíso: isso porque todo mundo tem algo do passado que gostaria de mudar, mas passar a vida inteira se lamentando por isso é o problema!
Carregar esse peso todo em nossa vida nos faz sentir feios, impuros, não merecedores, sem valor… isso pra começar. E o mais espantoso: encontramos neste sentimento uma das causas da imobilidade no presente – afinal, esta é uma das formas que a mente tem de continuar perpetuando este sentimento tão sem-sentido. Vou dar mais alguns exemplos (verídicos):
- me culpo por não ter estudado, tenho 23 anos e estou velho pra voltar a universidade, não fosse por isso estaria melhor agora…
- se eu não tivesse feito aquela cirurgia de forma tão apressada, estaria mais bonita, possivelmente teria um bom relacionamento…
- ah, eu deveria ter agido melhor com meu ex-marido. Agora, prefiro continuar sozinha do que errar novamente…
Pode ter certeza de que nenhum dos donos dos comentários acima estão contentes com sua situação. Mas no caso deles, houve um fator que fez toda a diferença: a coragem pra mudar!
Quem não cometeu atos dos quais se arrepende! Qual de nós não disse alguma vez: “ah mas se fosse hoje eu teria agido de forma diferente…” Nós somos humanos, passíveis de erros de vez em quando. E é pra isso que existe o sentido do arrependimento: culpar-se é levar um fardo, mas o arrependimento nos possibilita armazenar uma informação que nos impede de errar novamente. Se eu empurrar você de uma cadeira, você numa próxima oportunidade vai dizer “vou me sentar longe deste louco, da ultima vez caí e passei vergonha”. Arrependeu-se – e aprendeu!
A culpa nos engorda, nos empobrece, nos envelhece… A culpa nos mata! Ficamos remoendo nosso passado, nos destruindo por dentro e nos esquecemos do presente. Abaixo da mágoa, é um dos campeões dos cemitérios!
Se a culpa nos fizesse bem, viveríamos uma humanidade iluminada!
Tá, e agora? Dá pra mudar? Perfeitamente: encontre dentro de si o sentido de RESPONSABILIDADE.
Ser responsável é responder por nossas próprias ações, é lembrar que o passado existe como um professor, não como motivo de sofrimento.
Ser responsável é compreender que o ponto de mudança está no presente – e que o passado nos traz, no máximo, boas lições!
É entender o princípio que diz que somos feitos a imagem e semelhança do Criador, portanto… criadores, é claro!
Há inumeráveis formas de mudar esse sentimento. A EFT é, sem dúvida, a mais rápida.
Tive a oportunidade de atender uma cliente há cerca de um mês atrás, no dia seguinte há um acidente de transito. Estava completamente abalada: “fui a culpada, alguém podia ter morrido, como foi que não olhei para o outro lado da rua?”. Bastaram poucas rodadas para que ela se recordasse de que não foi a única que não prestou a atenção devida àquele incidente (ela lembrou-se que o motorista do outro carro disse a mesma coisa pra ela porque estava usando celular). Mas a emoção negativa era tão forte que ela não conseguia enxergar a verdade sobre o evento. Mais algumas rodadas e o foco, surpreendentemente, atingiu o namorado – que ela não conseguia largar porque se sentia culpada por ter perdido o marido em um relacionamento anterior. Percebe a relação? Nossos sentimentos negativos fazem de tudo pra sobreviver, vivem em ciclos de repetição sem que nos apercebamos disso.
Mas este foi um daqueles casos em que saí da consulta com sensação de dever cumprido: o choro converteu-se em risos em pouco mais de uma hora. Ela saiu leve, sorrindo e fortalecida. E acima de tudo com a profunda compreensão de que aquele evento ruim foi a forma como o universo encontrou pra que ela quebrasse um circuito de repetições negativas -só não sei se o atual namorado iria gostar da mudança! Rsrsrs…
Então agora pergunto: você sente culpa? Livre-se disso! Liste os motivos que lhe causam esta sensação tão ruim e trabalhe todas, individualmente, com a EFT. Seja específico, mas se não puder, COMECE!
“Mesmo que eu sinta culpa por não ter estudado na juventude…”
“Ainda que me sinta culpado por ter encerrado um relacionamento de forma precipitada…”
Um abraço e até a próxima!
“A responsabilidade de todos é o único caminho para a sobrevivência humana.”